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Ceará VermelhoTV
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11.07.2013
São Paulo – Entre as pautas dos trabalhadores presentes ao Dia Nacional de Lutas organizado pelas centrais sindicais nesta quinta-feira (11), o marco regulatório dos meios de comunicação merecerá uma manifestação à parte em São Paulo. Ativistas e entidades do setor organizam um ato público em frente à sede paulista da Rede Globo, às 17h.
Pedro Eckman, do Coletivo Intervozes, em entrevista na manhã de hoje à Ràdio Brasil Atual ressalta que o protesto chamará atenção "à consolidação do processo democrático iniciado há 25 anos", com a Constituição de 1988. Até hoje o capítulo constitucional específico sobre comunicação não foi regulamentado pelo Congresso, que tem em sua composição donos de concessões de rádio e TV, prática vedada pela legislação. "Ainda não conseguimos consolidar democracia na radiodifusão no Brasil e queremos o estrito cumprimento do que prevê a Constituição, nada além disso."
O ativista lembra também que, apesar de o ato ser realizado em frente à Globo, o que se quer é promover uma distribuição mais igualitária e justa dos meios de comunicação. "A Globo tem a maior concentração de mídia do país e, por isso, se constitui numa voz hegemônica na sociedade. Com a concentração de voz, hegemonizada, você maneja a opinião pública, isso movimenta o cenário politico no Brasil de forma clara. A população percebe isso, mas até hoje se sentia impotente em relação a esse poder e agora talvez consigamos nos levantar contra isso."
Por fim, Eckman disse que o governo tem de abrir o debate sobre o monopólio de grupos econômicos e políticos sobre as empresas de comunicação. "Na política brasileira, pode-se falar em aborto, drogas, reforma política, mas a comunicação é um assunto proibido."
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