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11.07.2013
O Brasil voltou a viver um dia de intensos protestos na quinta-feira, quando cerca de 100 mil pessoas, muitas das quais trabalhadores, foram às ruas reivindicar desde melhorias na saúde e na educação à reforma agrária, passando pela redução da jornada de trabalho, entre outras pautas.
O "Dia Nacional de Lutas", que foi convocado pelas centrais sindicais, paralisou as principais capitais e cidades do País. Estimativas preliminares indicam que pelo menos 150 municípios apresentaram algum tipo de bloqueio ou retenção devido aos protestos.
No Rio de Janeiro, houve confronto com a polícia no centro da cidade e em Laranjeiras, na zona sul carioca, próximo ao Palácio Guanabara (sede do governo). A tropa de choque foi acionada e dispersou os manifestantes com bombas de gás lacrimogênio.
Em São Paulo, duas pessoas ficaram feridas ao serem atropeladas por um motorista que tentou furar um bloqueio realizado por manifestantes.Os protestos foram marcados por ocupação em estradas e rodovias. As passeatas também fecharam o acesso a alguns portos e impediram o funcionamento de serviços de transporte público e dos Correios. Em ao menos cinco Estados as agências bancárias não abriram normalmente.
Mais de 20 sindicatos e centrais sindicais de Fortaleza e do Ceará se reuniram na Praça do Ferreira, no Centro de Fortaleza, para protestos e reivindicações trabalhistas na manhã desta quinta-feira (11). O grupo planejava fazer uma caminhada até o Banco Central, na Avenida Duque de Caxias, onde faria um protesto por melhores condições de trabalho, mas a caminhada foi cancelada após parte dos manifestantes irem embora.
Além dos protestos no Centro de Fortaleza, trabalhadores do setor de transporte público fecharam os terminais de passageiros do Papicu e do Antônio Bezerra. Os motoristas fizeram manifestação em apoio ao Dia Nacional de Lutas. Os terminais ficaram fechados por cerca de duas horas.
Além de fazer passeatas em Limoeiro do Norte, Sobral e Crato durante a manhã, a CUT, junto com o MST, parou as atividades no Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, às 8h. Segundo Antônio Carlos Elias da Costa, presidente do Sindicato dos Empregados Terrestres em Transportes Aquaviários, Operadores Portuários e Entidades Afins do Estado do Ceará (Settaport-CE), cerca de mil trabalhadores pararam.
Eles querem melhorias nos serviços públicos do Pecém e também na estrutura do porto, conforme o presidente do Settaport-CE. “O Pecém não tem guarnição do Corpo de Bombeiros, a UPA 24 horas está fechada, o quartel da cavalaria não foi inaugurado, o posto de saúde não tem equipamento, só tem uma viatura do Ronda para cobrir a região”. Além disso, diz Antônio Carlos, nem todos os funcionários do porto têm adicional de periculosidade.
Os portões foram liberados somente às 17h15, depois de acordo entre os trabalhadores e a Companhia de Integração Portuária do Ceará (Cearáportos), que vai acionar a Justiça, segundo a assessoria de imprensa da companhia. Os prejuízos causados pela paralisação deverão ser calculados nesta sexta-feira. (com informações do POVO Online)
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