((V)) Ceará VermelhoTV - INTERNACIONAL
|
11/07/2013
01h03 - Atualizado em 11/07/2013 01h03
Senado
anistia policiais e bombeiros que participaram de greves
Projeto
aprovado pelos senadores beneficia 17 estados e o DF.
Regra não se aplicará a profissionais que cometeram 'excessos'.
Regra não se aplicará a profissionais que cometeram 'excessos'.
O Senado
aprovou na madrugada desta quinta-feira (11) projeto de lei que concede anistia
aos policiais militares e bombeiros de 17 estados e do Distrito Federal punidos
em razão de terem participado de atos de reivindicação salarial. O texto será
submetido à sanção presidencial.
Os agentes
de segurança pública que haviam desobedecido as regras da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros ao atuar das manifestações ocuparam as galerias do plenário
para assegurar a apreciação do projeto. A proposta foi analisada pelos
senadores por volta da 0h50, depois de uma sessão que se estendeu pela
madrugada e votou diversos projetos da chamada "agenda positiva",
como o que proíbe que parentes de senadores sejam seus suplentes.
A anistia
aos policiais havia sido aprovada na última terça (9) pelos deputados federais,
após ser incluída às pressas na pauta de votação para atender as pressões da
categoria.
O texto
beneficia os policiais e bombeiros que participaram de mobilizações ocorridas
entre 1º de janeiro de 1997 e 11 de outubro de 2011 para pedir melhorias dos
vencimentos e das condições de trabalho. Também ficarão livres de punição os
policiais que atuaram em greves deflagradas entre 13 de janeiro de 2010 e 11 de
outubro de 2011.
A proposta
prevê anistia aos policiais de Alagoas, da Bahia, do Ceará, de Goiás, do
Maranhão, do Mato Grosso, de Minas Gerais, da Paraíba, do Piauí, de Pernambuco,
do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Norte, de Rondônia, de Roraima, de Santa
Catarina, de Sergipe e do Tocantins, além do Distrito Federal.
O projeto
destaca, no entanto, que o benefício não será estendido aos policiais e
bombeiros que cometeram "excessos" durante as manifestações. De
acordo com o parecer do relator da matéria na Câmara, deputado Francisco Araújo
(PSD-RR), esses casos devem ser punidos para que não haja "incentivo à
desordem”.
Senado aprova também a anistia a funcionários dos Correios
O Senado aprovou no início da madrugada de hoje, 11 em
votação simbólica, projeto de lei que amplia o período de anistia a empregados
punidos pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) por participarem
de greves. A proposta, que seguirá para a sanção presidencial, permitirá a
readmissão dos empregados na estatal que deixaram os quadros da empresa entre
outubro de 1988 e fevereiro de 2006.
Na prática, esses trabalhadores passarão a ter direito a
contabilizar direitos trabalhistas e previdenciários do período em que
estiveram afastados. Líderes do PT e do governo estimam que o custo para a
União com a proposta pode chegar a R$ 1,062 bilhão. Eles já avisaram que a
presidente Dilma Rousseff vetará a proposta.
"As pessoas aqui sabem que esse projeto será vetado,
estamos vendendo aqui ilusões", afirmou Humberto Costa (PT-CE), diante da
presença de uma plateia que lotava as galerias e cobrava a aprovação do
projeto. Os petistas questionaram que a matéria abre brecha para beneficiar
quase 25 mil pessoas, demitidas da estatal nos 17 anos. Pelas contas de
petistas, no máximo 1,5 mil pessoas deveriam ser beneficiados pela decisão.
Parlamentares da base aliada e da oposição defenderam a
aprovação da matéria. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), responsável por
cobrar a colocação do projeto na pauta da noite de ontem, disse que a oposição
não pode ser culpada pela aprovação da proposta, uma vez que o projeto foi
apresentado pela então deputada federal e hoje ministra dos Direitos Humanos,
Maria do Rosário (PT-RS). "Prefiro dizer que votei igual ao PT de 10 anos
atrás", ironizou o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), referindo-se ao
fato de que os petistas apoiavam antes qualquer beneficio a servidores e
funcionários de estatais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário