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Morre
Dominguinhos, o "rei da sanfona"
SÃO PAULO - Depois de seis anos de luta contra um câncer de pulmão, morreu nessa terça-feira, às 18h, no hospital Sírio e Libanês, em São Paulo, o sanfoneiro Dominguinhos, um dos maiores músicos do Brasil. Depois de passar um mês internado em Recife, ele foi transferido em 13 de janeiro para o hospital da capital paulista. Ao longo do tratamento, Dominguinhos apresentou insuficiência ventricular, arritmia cardíaca e diabetes. Ele faleceu de complicações infecciosas e cardíacas.
Tido como sucessor de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, Dominguinhos fez uma carrreira de brilho próprio, com sua sanfona capaz de transitar com virtuosismo e graça por vários estilos musicais, e um talento como compositor que ficou evidente graças a clássicos como "Eu só quero um xodó" (de 1973, regravada em diversas línguas), "De volta pro meu aconchego" e "Tenho sede" (sucesso na voz de Gilberto Gil). Dominguinhos fez parcerias com grandes nomes da MPB, como Gil ("Lamento sertanejo", "Abri a porta"), Chico Buarque ("Tantas palavras", "Isso aqui tá muito bom", "Xote de navegação") e Djavan ("Retrato de vida"), além de acompanhar muitos deles, como instrumentista: Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, Elba Ramalho, Rita Lee, entre outros.
José Domingos de Moraes nasceu em 1941, em Garanhuns, Pernambuco. O pai, mestre
Chicão, tocava e afinava foles de oito baixos. Aos seis anos de idade, ele já
tocava sanfona com dois de seus irmãos, sob a alcunha de Trio Três Pinguins, em
feiras livres e portas de hotéis da cidade. Numa dessas, aos oito anos, acabou
conhecendo Luiz Gonzaga. "Fomos até a pousada onde se hospedara e tocamos
meu pai na sanfona, eu no pandeiro, meu irmão na zambumba. Ele gostou do que
ouviu, escreveu num papel o endereço de sua casa em Nilópolis e disse para o
procurarmos. Chegamos em julho de 1954, um mês antes do suicídio de Getúlio, e,
mesmo tendo passado tanto tempo, Gonzagão nos recebeu e ajudou", contou o
músico, em entrevista. Foi o Rei do Baião, inclusive, que sugeriu a mudança do
apelido de infância, Neném, para um nome mais artístico: Dominguinhos.
Aos 16 anos, o rapaz fez sua primeira gravação, tocando sanfona num disco do padrinho artístico, na música "Moça de feira". No Rio de Janeiro, depois de se familiarizar com o samba e com o bolero, ele formou um grupo que se apresentava em dancings, boates e inferninhos nas zonas da malandragem, acompanhou artistas de rádio com o Regional de Canhoto. Voltou ao forró aos 21 anos, quando foi convidado a gravar um LP destinado ao público migrante nordestino. Em 1967, Dominguinhos seguiu com Gonzaga em uma excursão ao Nordeste, como sanfoneiro e motorista, e acabou fazendo parte do grupo da cantora pernambucana Anastácia, com quem acabaria se casando e com quem compôs várias músicas - entre elas, "Tenho sede" e "Eu só quero um xodó".
Em 1972, quando caminhava com Anastácia pela Avenida São João, em São Paulo, o sanfoneiro foi interpelado por Guilherme Araújo, na época o empresário de, entre outros, Gal
Aos 16 anos, o rapaz fez sua primeira gravação, tocando sanfona num disco do padrinho artístico, na música "Moça de feira". No Rio de Janeiro, depois de se familiarizar com o samba e com o bolero, ele formou um grupo que se apresentava em dancings, boates e inferninhos nas zonas da malandragem, acompanhou artistas de rádio com o Regional de Canhoto. Voltou ao forró aos 21 anos, quando foi convidado a gravar um LP destinado ao público migrante nordestino. Em 1967, Dominguinhos seguiu com Gonzaga em uma excursão ao Nordeste, como sanfoneiro e motorista, e acabou fazendo parte do grupo da cantora pernambucana Anastácia, com quem acabaria se casando e com quem compôs várias músicas - entre elas, "Tenho sede" e "Eu só quero um xodó".
Em 1972, quando caminhava com Anastácia pela Avenida São João, em São Paulo, o sanfoneiro foi interpelado por Guilherme Araújo, na época o empresário de, entre outros, Gal
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